Descubra as características, vantagens e aplicações da irrigação de superfície, aspersão, localizada e subirrigação para melhorar a eficiência agrícola.
A irrigação, pode ser definida como uma das formas que a água estará disponível para determinada cultura, sendo esta uma importante fonte deste recurso natural, crucial para as atividades fisiológicas da planta. Atualmente, os sistemas são categorizados como irrigação de superfície, aspersão, localizada e subirrigação.

Irrigação por superfície

Nesse sistema, a irrigação ocorre devido a gravidade que permite a distribuição de água na superfície do solo. Por conta disso, também pode ser denominado como irrigação por gravidade. Sua técnica pode ser explicada como uma lâmina de água que ficará em contato direto com a superfície do solo. É o método mais eficiente para a cultura do milho e arroz.
A declividade nesse método pode ser plana ou então nivelada com limite de 1%, no entanto, em maiores declividades a irrigação por superfície deve ser utilizada com cuidado quanto ao dimensionamento.
As vantagens da irrigação por superfície, podem ser descritas como:
Menor consumo de energia quando comparada com outros sistemas;
Menor custo fixo e operacional, pois não exige equipamentos de difícel manejo;
Não sofre com interferência de ventos.
Irrigação por aspersão

Esse método utiliza jatos de água no ar, que são lançados sobre a cultura simulando assim uma precipitação. Consiste em utilizar um equipamento chamado de aspersor, que é capaz de lançar a água para o ar, que se transforma em gotículas de água dispersas no ar. As principais culturas a utilizarem esse método são: soja, milho, feijão e algodão.
Um dos principais pontos dessa técnica, é sua dependencia em relação ao clima, pois o vento, a umidade relativa do ar e a temperatura, são fatores determinantes no sucesso na irrigação por aspersão.
Esse método pode ainda ser definido em diferentes sistemas, como aspersão convencional, pivô central, autopropelido, deslocamento linear e LEPA.
Entre suas vantagens:
A alta adaptação para diversos tipos de solos e topografias;
Um método totalmente automatizado;
Proporciona uma estrutura ajustável, permitindo assim cobrir um maior recobrimento da área de cultivo;
Pode ser usado também para a aplicação de produtos químicos.
Irrigação localizada

A irrigação localizada, faz parte de sistemas tidos como fixos, que facilitam o manejo através da automação, sendo assim essa técnica é aplicada em apenas uma fração do sistema radicular das plantas. Estima-se uma proporção de 20 a 80% da área total, resultando em economia de água.
As culturas em que essa irrigação é mais utilizada são pimentão, morango e flor de corte. Um destaque para essa técnica é seu custo inicial ser alto, sendo usado em situações mais específicas como pesquisa, produção de sementes e ainda de milho verde.
Seus principais sistemas são o gotejamento, microaspersão e gotejamento subsuperficial.
Entre suas vantagens pode-se destacar:
Baixas perdas por percolação, evaporação e deriva;
Baixo custo operacional;
Maior uniformidade na irrigação tanto de água como de produtos químicos;
Permite um maior controle fitossanitário.
Subirrigação

A subirrigação, também chamada de drenagem controlada, é um método de irrigação no qual a água é aplicada diretamente sob a superfície do solo por meio da elevação do lençol freático, capaz de permitir um fluxo de água adequado à zona radicular da cultura.
Está associado a um sistema de drenagem subsuperficial, tem sido usada em terras baixas drenadas, mas não sistematizadas, sua área deve ser plana ou nivelada.
As principais vantagens são:
Emprego em solos com elevada taxa de infiltração, ou então, reduzida capacidade de retenção de água;
Possui baixa exigência de mão de obra;
Não interfere com práticas culturais e fitossanitárias;
Requer menor quantidade de água e energia quando comparado com outros métodos de irrigação.
Qualidade da água

A qualidade da água de irrigação é tradicionalmente definida principalmente pela quantidade total de sais dissolvidos e sua composição iônica. Os principais sais dissolvidos na água de irrigação são os de sódio, cálcio e magnésio em forma de cloretos, sulfatos e bicarbonatos.
Águas com elevada concentração de sólidos em suspensão podem perfeitamente ser utilizadas nesse método. Pode-se operar com água salina, principalmente em solos com alta taxa de percolação. Devido ao fato de a água não entrar em contato com a folhagem da cultura e não haver equipamentos suscetíveis ao entupimento, sua qualidade não é uma grande preocupação para esse sistema de irrigação.
Investimento

Os custos do projeto dependem do nível de sistematização que o terreno precisará receber.
Quanto mais obras de que o projeto necessitar (construção de barragens, canais, estruturas de controle de vazão), maior o custo de implantação.
Os custos de manutenção limitam-se ao renivelamento do terreno e ao reparo de drenos e canais de distribuição.
Escrito por: Bianca Aparecida Semes
REFERÊNCIAS
VALLIN, Giovanna. "Irrigação por aspersão: o guia completo". Disponível em: https://blog.syngentadigital.ag/irrigacao-por-aspersao/#:~:text=A%20irriga%C3%A7%C3%A3o%20por%20aspers%C3%A3o%20%C3%A9%20um%20m%C3%A9todo%20que%20simula%20uma,sobre%20o%20solo%20e%20plantasAcesso em: 5 jan. 2025.
DE ANDRADE, Camilo de Lelis Teixeira; BRITO, Ricardo Augusto Lopes. "Métodos de Irrigação e Quimigação". Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPMS/19630/1/Circ_86.pdf. Acesso em: 5 jan. 2025.
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