O mercado de defensivos agrícola estão em alto crescimento nos últimos anos, visto que o desenvolvimento de novas tecnologias impulsionou a produção brasileira de diversas culturas, entre elas soja e milho. Entre os defensivos, destacamos os defensivos biológicos que consistem na utilização de microrganismos vivos, como exemplo, fungos, vírus e bactérias, que podem ser coletados no meio ambiente e desenvolvidos em laboratórios ou a produção na propriedade rural, no sistema denominado on farm.
O sistema on farm possui o objetivo primordial de redução de custos na produção, no entanto, vale ressaltar que o produtor deve produzir apenas para utilização na propriedade, sendo proibida a venda de microrganismos sem um registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A produção destes microrganismos é complexa e exige uma assistência técnica qualificada durante o processo, de modo que seja possível obter sucesso na prática, evitando assim problemas graves na produção do alimento e também para os consumidores, caso seja feita de forma incorreta.
Estimativas apontam que devido à constante busca por melhorias na produção de alimentos que seja economicamente viável e ambientalmente correto vem impulsionando o mercado de biodefensivos que busca a prevenção eficiente de pragas e doenças, evitando a resistência à moléculas químicas e sem acarretar danos ao meio ambiente, além de preservar inimigos naturais dentro da lavoura.
Deste modo, o mercado de biodefensivo possui uma estimativa de crescimento de 33% este ano, representando cerca de 1,79 bi, de acordo com a Forbes Agro. A grande adesão de produtores e a possibilidade de produção on farm contribuem ainda mais para uma perspectiva otimista dos próximos anos, principalmente para o uso na produção de grãos, onde estima-se um aumento de aproximadamente 107% até 2030, resultando em 3,69 bi deste mercado.

Escrito por: Estefhany Tenorio Ribeiro, diretora de projetos Semear Consultoria.
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